Voltas e voltas a vida dá e mesmo com os meus "tenros" trinta e poucos anos, isto na vida já eu entendi. Ora estamos entre os primeiros na corrida, ora lá nos ùltimos, ora nem nos importa saber em que lugar estamos (e são estes normalmente os melhores momentos).
Tornamo-nos mestres na arte de gerir, de prever, de orientar, de planear sempre sobre o falso pretexto de que temos o controlo sobre a nossa vida e que somos donos da última palavra. A verdade é que a vida não é assim. As coisas mais marcantes das nossas vidas apanham-nos sempre de surpresa, chegam de mansinho sem avisar, e, de um dia para outro mudam a nossa realidade, alteram por completo a nossa existência tão muninciosamente planeada e organizada.
A vida é assim, para o bem e para o mal... atiramos ao chão, tira-nos o tapete dos pés, esmaga-nos de forma avassaladora. Atordoados, extasiamos de felicidade ou dilacerados pela dor, lá nos erguemos para seguir em frente. Há que se levantar, há que se reerguer e seguir em frente pois este é o único caminho possível. Há que reajustar o grande plano e fingir que estamos de novo em controlo, caso contrário nada disto faria sentido, nada disto passaria de um grande plano sem nexo, sem sentido , pautado apenas pela anarquia total.
Como escreveu O sempre actual Fernando Pessoa :"Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou fazer um castelo..."